sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Rod. dos Bandeirantes é refeita com asfalto ecológico

Em 2010, a Rodovia dos Bandeirantes foi eleita a melhor do país, pela quinta vez consecutiva, pelo Guia Quatro Rodas, da Editora Abril, e, a partir do dia 10 de setembro, a Rodovia ganhou mais um título para comemorar: o de uma das mais ecológicas do Brasil.

Isso porque a concessionária CCR Autoban, que administra o sistema paulista Anhanguera-Bandeirantes desde 1998, inaugurou hoje o primeiro trecho da rodovia recuperado de forma ecológica: uma das camadas estruturais da pista foi reconstruída com pavimento reciclado e o revestimento da superfície foi feito com asfalto-borracha, produzido a partir de pneus velhos.

Parte do processo de reciclagem do pavimento usado para reconstruir o trecho – localizado entre os km 85 e 78, da pista sentido capital – ainda foi feito no próprio canteiro de obras da rodovia, em uma “usina móvel”, diminuindo as emissões por transporte. O asfalto velho foi retirado da pista, triturado e enriquecido com cimento e pó de pedra no próprio local e ,depois, reaplicado.

De acordo com a CCR Autoban, a operação reciclou 450 mil pneus – que levam cerca de 600 anos para se decompor – e o equivalente a 36 piscinas olímpicas cheias de asfalto velho, reduzindo a quantidade de resíduos produzidos nas obras de recuperação da Rodovia. Ainda segundo a concessionária, o novo asfalto não traz, apenas, benefícios ambientais para a cidade: o pavimento ecológico gera menos ruídos e maior aderência dos pneus, além de ser mais durável, o que proporciona mais segurança e conforto aos motoristas que transitam pela rodovia.

Até 2011, a CCR Autoban pretende recuperar, de forma ecológica, 600 km de pistas da Rodovia dos Bandeirantes, a partir do investimento de R$ 82 milhões.

Mônica Nunes/Débora Spitzcovsky
Fonte:Planeta Sustentável

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Brasileiros desenvolvem método inédito para reciclagem de plástico

Faperj

Buscando uma forma de minimizar os efeitos ambientais negativos do excesso de plástico descartado, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) desenvolveram uma nova técnica de reciclagem desse material.

Testes realizados no Laboratório de Modelagem, Simulação e Controle de Processos da instituição mostraram que é possível criar resinas plásticas produzidas a partir do reaproveitamento de até 40% de material plástico já utilizado.


Polimerização em suspensão

O método escolhido pela equipe foi a reciclagem com produção in situ, que possibilita incorporar materiais plásticos usados a plásticos virgens no próprio ambiente da reação química.

Por meio da polimerização em suspensão, foram realizadas misturas moleculares de poliestireno reciclado e de poliestireno virgem, usando copos descartáveis.

"A técnica é simples. Basicamente dissolvemos o plástico usado numa solução com reagentes e depois adicionamos o material direto no reator para fazer mais plástico", diz o professor José Carlos Pinto, responsável pelo projeto.

Ao contrário de outras técnicas de reciclagem, como a mecânica, esse método mantém a qualidade do produto final, pois a adição de plásticos reciclados não interfere no andamento da reação química de polimerização.

"O plástico usado foi reincorporado como matéria-prima do processo sem grandes transformações químicas. As propriedades finais do produto são similares às propriedades dos polímeros não-reciclados", assinala.


Reciclagem de isopor


Além de copos descartáveis, a técnica pode ser empregada com outras famílias de materiais à base de poliestireno, de poliacrilatos, de polimetacrilatos e de poliacetatos, como aqueles utilizados para fabricar capas de CD, isopor, interiores de geladeira e carcaças de televisão, entre outros produtos.

"O próximo passo é testar a técnica com cargas de isopor recicladas. O isopor não é biodegradável, mas pode ser facilmente reciclado e utilizado para fabricar isopor novo", adianta José Carlos.

A Coppe já encaminhou ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) a solicitação de patente para a nova técnica, que poderia ser facilmente incorporada ao setor produtivo para uso em escala industrial, devido ao seu baixo custo. "Para as fábricas se adaptarem a essa tecnologia, precisariam apenas fazer pequenos ajustes, como adicionar na linha de produção um recipiente para misturar o plástico reciclado com os reagentes", explica.


Impactos da reciclagem do plástico

De acordo com o professor José Carlos Pinto, a reciclagem é a melhor resposta diante do debate sobre usar ou não usar o plástico. "A questão maior não é se devemos usar ou não o plástico, mas o que devemos fazer com ele depois do seu ciclo de uso", destaca o engenheiro químico, lembrando que o plástico deve ser tratado como uma matéria-prima potencialmente reutilizável, e não como lixo.

O professor ressalta os impactos ambientais positivos da transformação de plástico em plástico. "A reciclagem contribui para reduzir a quantidade de material descartado no meio ambiente, pois o utiliza como matéria-prima para produzir novos materiais plásticos. Ao ser reciclado, se economiza o petróleo que seria utilizado para fazer plástico novo e isso certamente contribui para a redução da emissão de carbono na atmosfera", diz.

A reciclagem do plástico também pode resultar em consideráveis impactos econômicos e sociais. "A reciclagem pode estimular a valorização econômica dos resíduos plásticos. Eles têm baixo valor agregado, apesar de serem derivados do petróleo, e por isso são facilmente descartados pela população", avalia. "Ela também pode gerar empregos por incentivar a coleta seletiva de plástico por cooperativas de catadores de lixo".


Plásticos

Plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias moleculares chamadas polímeros, que por sua vez são formadas por moléculas menores, chamadas monômeros.

Estima-se que no Brasil pelo menos 2,2 milhões de toneladas de plástico pós-consumo (descartados após o uso) se acumulam anualmente, segundo dados da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos - entidade que representa institucionalmente a cadeia produtiva do setor para divulgar a importância dos plásticos na vida moderna e promover sua utilização ambientalmente correta.

Fonte: http://noticias.cancaonova.com

sábado, 4 de setembro de 2010

Plástico substituirá LCD em 10 anos, diz HP

A HP é a maior fabricante de PCs do mundo e só em 2009 confeccionou 65 milhões de PCs para vendas mundo afora. Todos eles com display feitos de vidro.

Agora, no entanto, testes feitos no laboratório de pesquisas da companhia, nos Estados Unidos, avaliam o uso de filmes plástico para substituir derivados de vidro em displays de computadores, TVs e monitores.

A justificativa é que a evolução da tecnologia de manipulação de plástico permitirá criar películas capazes de se iluminar consumindo menos energia dos dispositivos e oferecer melhor qualidade de imagem do que os atuais painéis a base de quartzo ou cristal líquido.

Mais do que isso, o display de plástico teria um custo de produção até 40 vezes menor que o custo de fabricar um display de cristal líquido ou vidro.

Segundo as previsões do laboratório da HP, em dez anos monitores feitos com derivados de vidro parecerão tão ultrapassados quanto as TVs de tubo (CRT ou raios catódicos) parecem hoje.

Felipe Zmoginski, de INFO Online